
Outubro Rosa é uma campanha de conscientização que tem como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Esta campanha acontece com mais intensidade no mês de outubro,pois seu símbolo é um laço rosa.
No Brasil, as campanhas de conscientização sobre o câncer de mama acontecem desde 2002. A publicidade adotou o tom de rosa como motivador de campanhas no período, e ações em mídias sociais também tendem a ser reforçadas durante este mês. No entanto, especialistas da área médica ressaltaram, em levantamento apresentado no ISPOR.[1]em 2017, que ainda que a conscientização seja muito importante, é necessário cuidado com as mensagens divulgadas neste período. Uma análise das postagens realizadas em redes como Facebook e Twitter em língua portuguesa mostrou que existe bastante desinformação nas campanhas de conscientização, especialmente acerca do autoexame, que não é considerado suficiente para a detecção precoce da doença. Tocar o próprio corpo e reconhecer sinais de possíveis mudanças é uma importante ferramenta de empoderamento da mulher frente à própria saúde, mas não substitui a mamografia, por exemplo.[2] Dados do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) apontam que apenas 2,5 milhões de mamografias foram realizadas em 2014, equivalente a uma taxa de 24,8%, bem menos do que os 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) Em vários lugares do mundo principalmente nos EUA o outubro rosa é caracterizado por monumentos da cor rosa.
O movimento começou a surgir em 1990 quando aconteceu a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque, e desde então, promovida anualmente na cidade. Entretanto, somente em 1997 é que entidades das cidades de Yuba e Lodi, também nos Estados Unidos, começaram a promover atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção da doença, escolhendo o mês de Outubro como epicentro das ações.[3] Hoje o Outubro rosa é realizado em vários lugares do mundo.
Novembro Azul é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata[1].
Apesar do apoio de várias entidades não governamentais, o movimento, em especial no seu aspecto relacionado ao câncer de próstata, é repudiado pelo Ministério da Saúde brasileira[2] e pelo Instituto Nacional do Câncer (INCa)[3], devido à ausência de indicações científicas para a realização do rastreio. Outras entidades que se colocam contra esta atividade são a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC)[4], o United States Preventive Services Task Force, o Canadian Task Force on Preventive Health Care e o United Kingdom National Screening Comittee.
O movimento surgiu na Austrália, em 2003, chamado Movember,[5] aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado a 17 de novembro.[6]
No Brasil, o Novembro Azul foi criado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, com o objetivo de quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e, quando necessário, fazer o exame de toque, e obteve ampla divulgação. Em 2014, o Instituto realizou 2.200 ações em todo o Brasil, com a iluminação de pontos turísticos (como Cristo Redentor, Congresso Nacional, Teatro Amazonas, Monumento às Bandeiras), adesão de celebridades (Zico, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello), ativações em estádios de futebol, corridas de rua e autódromos, além de palestras informativas, intervenções em eventos populares e pedágios nas estradas.
Em vários países, o Movember é mais do que uma simples campanha de conscientização. Há reuniões entre os homens com o cultivo de bigodes (ao estilo Mario Bros), símbolo da campanha, onde são debatidos, além do câncer de próstata, outras doenças como o câncer nos bagos, depressão masculina, cultivo da saúde do homem, entre outros.[7]